"A alma de Deus, pode bem aparecer dentro dos olhos de um gato".

(Provérbio Celta)

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

A ANA DE BRAGANÇA...

O testemunho da minha amiga Ana Cunha... Esposa do Rui, dona do Pipas e do Zequinha... Uma Lisboeta a dar bons exemplos para os lados de Bragança onde tem uma família muito feliz:


"No Verão passado os meus pais vieram passar uns dias connosco cá a casa.

Na altura, já tínhamos o Pipas que trouxemos de Lisboa no Natal de 2006. Numa das tardes que os meus pais cá passaram, preparávamo-nos para lanchar quando percebemos que não tínhamos pão.

Decidimos, então, ir às compras ao sítio mais próximo e eu, que sou uma preguiçosa, insistia em levar o carro. Mas os meus pais teimaram em ir a pé, afinal era Verão e o fim-de-tarde era agradável.

Ainda meia contrariada, lá concordei e fomos os três a pé. Mais ou menos a meio do caminho, um gato no meio da rua chama-me a atenção. Eu e o meu pai aproximámo-nos e qual não é o nosso espanto quando o bichano se começa a roçar nas minhas pernas e a ronronar! Claro que já não fomos capazes de o deixar ali...

O meu Zequinha é de uma meiguice tal que o trouxe ao colo o caminho todo para casa e ele só ronronava e lambia as minhas mãos e os meus braços...

O Pipas é que não reagiu lá muito bem... Assim que entrámos em casa e ele percebeu a presença do Zeca fartou-se de bufar.

Mas, como já tinha sido “educada” sobre os cuidados a ter quando juntamos dois gatos estranhos, fizemos tudo com muita calma. O Zeca ficou numa das casas-de-banho isolado do Pipinhas.

Levámo-lo ao veterinário, que o examinou, desparasitou e vacinou.

O pêlo é que estava num estado lastimável: pintado de óleo dos carros, completamente cheio de nós e umas orelhas... estavam pretas! Mas depois de um bom banho, ficou lindo!

Depois, com muita paciência, fomos juntando os dois bichanos até que um dia chegamos a casa e estava cada um a dormir do seu lado da porta do quarto onde estava o Zeca... Foi só abrir a porta e têm sido os melhores amigos até hoje! O Pipas adora-o, anda sempre a lambê-lo e os dois fartam-se de brincar.

São uns queridos... Ás vezes, olho para eles e fico muito contente por termos ido ao pão a pé naquele Domingo... Provavelmente, se fossemos de carro nunca me teria cruzado com o meu Zequinha e sabe-se lá o que lhe poderia ter acontecido. Mas foi assim que o Zeca passou a fazer parte da nossa família."

E como não tenho fotos do Zequinha... Aqui estão do PIPAS...

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