O MEU NOME É LOTA, VELHOTA…
Mais uma bela história de amor recíproco... Porque afinal vale sempre a pena...
Desta vez quem partilha é a Patricia Pereira da Silva e da sua Lota... mais uma história do Porto...
"Sempre tive animais, aliás nem me recordo de uma altura em que tivesse a casa vazia, e foi por causa da Milu (a nossa cadela) que conheci a Lota (a gata).
A Milu ficou doente, foi diagnosticado cancro e não querendo desistir dela, partimos para a quimioterapia, o que fazia com que tivesse que percorrer o mesmo caminho todas as semanas, uma vez por semana...
Nesse percurso havia uma pequena colónia de gatos, com bom aspecto (para as circunstancias da rua) e eu sabia que eram alimentados e tinham abrigo… Contudo desses gatos um destacava-se, sempre deitado no mesmo sitio, com ar idoso e debilitado, sempre a olhar para a mesma janela (era a janela da senhora que alimentava a colónia)...
Era Inverno e o vento fazia com o pouco pelo que tinha se levantasse no ar, notava-se que já teria sido bonito, mas nesta altura eram só uns fios...
Como tinha animais, não podia adoptar, era sempre isto que eu me repetia sempre que a via, “não dá, não podes”, “afinal de contas sempre viveu aqui”, “não dá”...
A Milu ficou doente, foi diagnosticado cancro e não querendo desistir dela, partimos para a quimioterapia, o que fazia com que tivesse que percorrer o mesmo caminho todas as semanas, uma vez por semana...
Nesse percurso havia uma pequena colónia de gatos, com bom aspecto (para as circunstancias da rua) e eu sabia que eram alimentados e tinham abrigo… Contudo desses gatos um destacava-se, sempre deitado no mesmo sitio, com ar idoso e debilitado, sempre a olhar para a mesma janela (era a janela da senhora que alimentava a colónia)...
Era Inverno e o vento fazia com o pouco pelo que tinha se levantasse no ar, notava-se que já teria sido bonito, mas nesta altura eram só uns fios...
Como tinha animais, não podia adoptar, era sempre isto que eu me repetia sempre que a via, “não dá, não podes”, “afinal de contas sempre viveu aqui”, “não dá”...
As semanas passaram-se, o tratamento da Milu continuou e eu não resisti: Não!!! Na rua não ficava mais o gato! E lá fui eu de transportadora e lata de sardinha em punho.
Quando cheguei ao primeiro “bssshhhh” apareceu, de perto (até então só tinha visto do carro, ao passar) via-se que estava muito mal, esquelética, quase sem pêlo e o poucos que tinha estavam minados de piolhos, mas atirou-se para dentro da transportadora à comida com muita vontade.
Era o que eu queria, consegui fechá-la na transportadora, ficou assustada claro, mas estava feito! Foi dali directo para a veterinária e depois para minha casa.
Soubemos depois que era uma fêmea e que teria 16 anos, e decerto não teria sobrevivido àquele Inverno na rua...
Já em casa, recuperou a forma, ficou gordinha, com o pelinho todo e brincalhona...dormia sempre na almofada ao lado da minha...
E viveu 2 felizes anos na nossa companhia. A minha Lota (a Velhota)"
A LOTA VIVE AGORA NO CÉU DOS GATINHOS QUE É O CORAÇÃO DA PATRÍCIA
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